segunda-feira, 23 de julho de 2007

"Marcinho" Eiras - "Duplamente Genial"


Se não bastava ser genial com uma guitarra, esse é um genio em dobro...tocando 2 ao mesmo tempo...veja sua bio extraída de seu site:

Nascido na cidade de São Paulo, guitarrista autodidata, desenvolve a técnica “ Two Handed Tapping ”, semelhante ao piano, podendo tocar com duas guitarras simultâneamente.
Marcinho Eiras atualmente compõe a Banda Domingão, que atua no programa Domingão do Faustão, na Rede Globo de televisão. Com a Banda Domingão já tocou com: Ivete Sangalo, Harmonia do Samba, É o Tchan, Babado Novo, Felipe Dylon, Daniel, Reginaldo Rossi, Latino, Zezé de Camargo e Luciano, Vanessa da Mata, Rio Negro e Solimões, Agnaldo Rayol, Leonardo, Carla Cristina e Vanessa Camargo.
Trabalhos RealizadosEntre trabalhos, gravações e participações especiais, Marcinho já se apresentou com:Dominguinhos, Bocato, Arismar e Thiago do Espírito Santo, Clayber de Souza, Celso Pixinga, Mozart Mello, Tommy Emmanuel, Kiko Loureiro, Grupo Radio Taxi, Stanley Jordan, Muriel Anderson, Todd Halawell, Decebal Badila, Toninho Horta, Lito Robledo, Djalma Lima e Marcio Montarroyos, Giba Favery, Amon Lima, Michel Leme, Sandro Haick, Cuca Teixeira, Tomati, Junior Lima, Mariza Orth, Caçulinha, Aretha Marcos, Fagner, Peninha, Vlad Popescu e Cristian Soleanu.- Participou da coletânea Fifteen, os Mestres da Guitarra, Livro + CD, produzido pelo conservatório Souza Lima.- Colunista da revista Guitar Class abordando o assunto Tapping.- Foi finalista do 1 Prêmio Visa de MPB instrumental. - Finalista do Festival da TV Cultura em 2005 ao lado de Toninho Horta. *Esses trabalhos lhe valeram inúmeras aparições em programas de T.V., destacando : Jô Soares, Faustão e Gugu ; Matérias em revistas e jornais como Guitar Player, Estado e Folha de São Paulo, além da revista alemã Guitarre & Bass".Apresentações internacionais- Marcinho já se apresentou na Austrália, Costa Rica, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Romênia, Grécia, Bélgica, Indonésia, Nova Zelândia e África do Sul.- Participou da Musik Messe na Alemanha em 2000, 2003 e 2004, a maior feira de instrumentos musicais do mundo, sendo destaque em 2003.- Excursionou pela europa em 2004, destacando o Soave Guitar Festival, na Itália.- Em 2005 realizou um tourné pela Grécia e Romênia destacando o Festival de Jazz de Bucaresti.
DiscografiaFifteen Os Mestres da GuitarraMarcinho Eiras My ProjectMarcinho Eiras Gerações...(Prospectos e MP3 disponiveis no site, menu – “Discografia”)As Favoritas do Domingão do Faustão - Românticas (Prospectos e MP3 disponiveis no site, menu – “Discografia”)Samba, Song & Friends – Participação especial ao lado de Edu Martins.DVDSoave Jazz Festival 2004 – Itália.Aretha Marcos, 2005 (Guitarra, Violão e Participação Especial).Festival TV Cultura, 2005 (Ao lado de Toninho Horta).
Vídeo Aula “Two Handed Tapping” nível 1 – Duas Guitarras(prospecto disponível no site.)
PatrocíniosÉ patrocinado pelas guitarras Tagima, cabos Santo Angelo, amplificadores Staner e AER, Efeitos Roland, pedais de efeito Danelectro e cordas Giannini.
MINHA HISTÓRIA
Meu nome é Marcio Eiras, brasileiro, nasci e me criei em São Paulo.Tive meu primeiro contato com música aos 4 anos de idade, quando visitava minha tia-avó, que tinha um piano. Eu tinha que lavar as mãos para tocar, e enquanto todos conversavam em uma sala, eu ficava pendurado no piano tirando as primeiras melodias de ouvido.
Eu venho de uma família de músicos. Meu avô, por parte de mãe, tocava acordeão . Meu tio é contrabaixista, e foi casado com uma cantora. Minha mãe estudou violão na época do auge da bossa nova, e canta muito bem.
Por parte de pai, minha tia-avó, aquela do piano, tinha influencia erudita, e minha avó, assim como eu, tocava piano de ouvido.Completando as influências, meu vizinho de praia, onde passei toda a minha infância e adolescência, era o maestro Luís Arruda Paes, por quem eu fui muito incentivado, e com quem eu tive uma grande amizade. Eu passava muitas noites ouvindo boa música e conhecendo grandes músicos como: Os Três do Rio, maestro Zezinho entre outros.
Notando essa minha facilidade com as melodias, meu pai passou a me incentivar. O primeiro passo foi comprar o piano da minha tia, que se mudara para um apartamento menor. O segundo, foi me matricular em um conservatório. Saíamos eu e meu irmão mais velho (e único irmão, que também tem um excelente ouvido para música), para aula de piano. Enquanto meu irmão lia as partituras com atenção, eu apenas ouvia a professora tocar e depois repetia a música de ouvido, fingindo olhar a partitura. Fingi, fingi, até que fui desmascarado pelo meu pai que uma vez, cobrindo o nome da música, pediu para que eu tocasse a mesma. Eu ainda argumentei que não poderia tocar sem saber que música era, mas o fato é que era o fim das aulas de piano.
As festas lá de casa eram sempre ao som de boa música ao vivo. Minha tia-avó fazia a sessão de chorinhos, clássicos e tangos no piano, e meu tio e sua turma de músicos fechava com MPB e bossa nova. Assim eu estava conhecendo, de graça, a música que mais tarde me influenciaria. Eu disse mais tarde, pois eu não seria um típico adolescente se não começasse minha história gostando de rock, e quando falo rock não me refiro a Beatles ou Stones, eu falo de Black Sabbath, AC/DC, Kiss, Iron Maiden e principalmente Van Halen, as bandas que infernizaram os anos 80.
Eu nunca vou esquecer quando assisti meus vizinhos da praia tocando coisas como Santana no fundo de uma garagem. Eu fiquei hipnotizado com a bateria, tão hipnotizado, que anos mais tarde ganhei uma. Posso dizer que foi com ela que entrei no mundo das garagens. Montava bandas, ganhei festivais de colégio, e foi numa dessas bandas que me apaixonei pela guitarra. Era só o guitarrista, muito bom por sinal, dar uma “paradinha”, que lá ia eu, dar uma “palinha”. A bateria era legal, mas não supria as minhas necessidades musicais. Eu queria fazer solos, a guitarra seria ideal. Então tive que convencer meu pai de que dessa vez era pra valer. É claro que ele não acreditou, e foi do meu tio que ganhei a primeira guitarra, uma Phelpa Coronado, que tinha interruptor de luz para acionar os pickups (confira foto no menu “Galeria” da pág. Principal).
Meu tio Karlãum, contrabaixista, me dava fitas de Jazz para escutar, sons como: Oscar Peterson, Stanley Clarke, Billy Choban , George Benson, Banda Black Rio e sempre que podia, me levava para ver os seus ensaios com Pery Ribeiro, Célia, Claudia, Cauby Peixoto, entre outros cantores que ele acompanhava. Eu não entendia muito o que estava acontecendo nas fitas, os improvisos e harmonias complexas ainda eram distantes da minha compreensão. Foi assim o meu primeiro contato com o jazz instrumental.
Uma das coisas marcantes na minha vida musical, foi quando vi o Ulisses Rocha tocando em duo com Heraldo do Monte (hoje, tenho orgulho de ser amigo desses dois músicos). Aquilo era maravilhoso, virtuoso, técnico e principalmente brasileiro. O rock perdeu seu encanto naquele momento. Lembro que ensaiava horas com meu irmão algumas músicas instrumentais com dois violões, tentando imitar o duo que tanto me impressionara.
Outros dois caras que me inspiraram e me incentivaram muito foram os guitarristas Eder Sandoli e Jimmy Conway. Eles eram meus amigos da praia, e formavam uma dupla incrível(até hoje toco as composições deles). Passei então a ter aulas com o Éder, que além de ser responsável pelo meu primeiro contato com teoria musical, me apresentou formalmente o Jazz. Daí pra frente tudo se encaminhou naturalmente, as influências começaram a vir à tona, eu ainda era adolescente com 14 anos, mas fui ao show de Caetano Veloso.
Troquei Van Halen por George Benson, uma das minhas principais influencias, ganhei festivais de colégio, prêmios individuais, mas nunca voltei em uma escola de música. Até tentei fazer aula particular ou conservatório, mas foi pegando um toque aqui e outro alí que fui me definindo musicalmente.
Tudo parecia calmo aos meus 15 anos, quando ouvi o guitarrista americano Stanley Jordan, que na verdade pareciam dois guitarristas tocando juntos. Aquilo não saía da minha cabeça. Fiquei em casa tentando descobrir como era, pois, eu apenas tinha ouvido alguns minutos em uma fita.
Eu era muito novo, e não podia ficar saindo a noite para tocar, então ficava o dia inteiro com a guitarra tentando fazer a harmonia e melodia ao mesmo tempo, como se a guitarra fosse um piano. Algum tempo se passou, e uma vez em uma loja de música, “Pai do Rock”, testando uma guitarra, o dono, hoje meu amigo Melo, perguntou o meu nome, aonde eu tinha estudado, se fazia shows, pois ele iria fazer um encontro de guitarristas em São Paulo, e gostaria que eu participasse. Esse festival “Pai do Rock Guitar Festival” foi uma alavanca para minha carreira.
Com o argumento do festival, fui ao programa do Jô Soares para mostrar minha técnica, e assim, o Brasil todo, ou pelo menos a classe musical, ficou sabendo que havia um brasileiro que tocava daquela maneira. No festival, conheci vários guitarristas como Mozart Melo, Faiska, Tomati, Kiko Loureiro, alguns mais velhos outros da mesma idade, mas todos se tornaram amigos, inspiradores e incentivadores uns dos outros.
Mais tarde, com a técnica bem mais apurada, fui atrás ou melhor, meu pai foi atrás da minha fonte inspiradora. O contato com Stanley Jordan seria a minha única chance de aprender alguma coisa nova, e também de mostrar o que eu havia aprendido. O encontro se consolidou, tocamos, conversamos, peguei toques importantes em relação a postura, concentração, mostrei a música brasileira à ele, ficamos amigos e ganhei respeito dele e de todos que souberam do nosso encontro. Houve um segundo encontro alguns anos mais tarde, no qual eu fiz uma entrevista por uma revista de guitarra, tocamos bastante, mostrei mais uma vez a nossa música e realmente oimpressionei, e dessa vez, tudo registrado.
Conheci o gaitista Clayber de Souza em um bar em São Paulo, e ao me ver tocar não hesitou em me fazer um convite para um trabalho. Montamos uma dupla chamada “Cara e Coroa”, que tinha sempre um baterista convidado. O som era bossa nova, jazz e blues e curiosamente não tinha contrabaixo, pois eu fazia a parte do contrabaixo na guitarra. Após meu encontro com Stanley Jordan, passei a tocar com duas guitarras simultaneamente. Ligadas a dois sintetizadores, elas produzem sons diferenciados como sons de piano, flauta, contrabaixo e etc. O que já era diferente passou a ser impressionante em virtude das duas guitarras. Com meu amigo Clayber, aprendi muitas coisas das que sei hoje. Faziamos um show muito diferente, brasileiro, tinhamos um empresário e fizemos inúmeros programas de TV, incluindo o programa do Faustão, que me chamou de centopéia por tocar com duas guitarras.
A dupla não durou muito, pois o mercado foi invadido por modismos e nos rendemos. Inspirado por uma fase amorosa, comecei a compor músicas e letras, cantar, coisa que já fazia modestamente aos 16 anos, só que dessa vez no piano. Entrei em um festival e além de ganhar o prêmio de melhor guitarrista, cantei, e a minha música ficou em primeiro lugar.
Um dos jurados era do grupo Rádio Táxi, que estava assinando com uma gravadora, e ao final do festival, me convidou para fazer parte da nova formação do grupo(confira as fotos no menu “Galeria” da pág. principal). Fiz uma participação relâmpago, mas que foi muito produtiva. Fiz inúmeros programas de TV como Gugu, Ratinho,cantei para 40 mil pessoas e principalmente conheci o outro lado da música, as grandes gravadoras, rádios e toda a sujeira que envolve os bastidores.
Continuei com o meu trabalho, sempre divulgando a música brasileira. Tive várias formações para Trio ou Quarteto. Toquei com cantoras, cantores e artistas. Destaco a minha amiga Bibba Chuqui, e o grande mestre Dominguinhos. Voltei ao programa do Jô , tocando duas guitarras, impressionei o “gordo” e fiz o mesmo com Amaury Jr, Sergio Groisman e Luciano Huck.
Fui semi finalista do “1 Prêmio Visa de MPB instrumental”, que inclusive foi o maior incentivo para a gravação do meu primeiro CD. (confira no menu “Discografia”, na pág. principal). Estive duas vezes na Europa, e em 2003, além de uma apresentação memorável na Áustria, fui músico destaque da feira de Frankfurt na Alemanha. (confira as fotos no menu “Galeria” na pág. principal).
Hoje, meu principal trabalho é o meu trio “GangJam”, onde junto com o baixista Carlinhos Noronha e o Baterista e cantor Paulinho Lima , realizei o sonho de ter uma banda onde todos tocam, cantam e fazem arranjos. A banda em seus quase dois anos de formação, já acompanhou vários artistas como: Bocato, Mariza Ótis, Silveira, Patricia Coelho, Davi Fantazini e Rouge.
Nessa minha pequena carreira não posso deixar de citar algumas passagens importantes com artistas como Ivan Lins, João Donato, Toninho Horta, Laércio de Freitas, Bocato, Mozart Melo, Amilton Godoy, pessoas que eu passei momentos musicais inesquecíveis.
http://www.marcinhoeiras.com/

2 comentários:

"Sem a música, a vida seria um erro." (Friedrich Nietzsche) disse...

Muito interessante a idéia e iniciativa de mostrar a história de verdadeiros gênios da música brasileira, músicos que tem uma influencia direta com a nossa boa cultura!
Parabéns!!! Vou sempre verificar suas atualizações para me manter informado sobre nossos excelentes músicos.

Debora Duarte disse...

Conheça meu blog http://sites.google.com/site/quitarrabrasil/

O guitarra Brasil